Atividade

Serviço Geológico do Brasil identifica potencial na Zona Sul

Projetos apontam para presença de minerais pouco explorados em municípios da região

geologia - foto CPRMNa foto, geólogos da CPRM em atividade no projeto Pelotas e Terreno Tijucas (Foto: Divulgação/CPRM)

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) disponibiliza, desde esta segunda-feira (27), o resultado de projetos que ampliam o conhecimento geológico e identificam novas potencialidades minerais no Rio Grande do Sul. Os produtos serão lançados durante a programação do 17º Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos e do 11º Simpósio Sul-Brasileiro de Geologia, que ocorrem até quarta-feira em Bento Gonçalves.

Com os lançamentos, as regiões Sul, Centro Sul e parte do Vale do Rio Pardo do Estado passam a contar pela primeira vez com mapa de integração de dados geológicos. Desenvolvidos pelo SGB-CPRM, os estudos são o ponto de partida para identificar áreas de interesse para novos investimentos em pesquisa a mineral.

Projeto Batólito Pelotas - Terreno Tijucas
O projeto foi desenvolvido em uma área de 60 mil km², entre os municípios de Guaíba e Jaguarão. Por se tratar de uma área formada em 90% por granitoides, geologicamente pouco diversificada, não desperta tanto interesse da comunidade geológica. Para suprir esta lacuna, o trabalho buscou integrar dados gerando mapas temáticos em escala regional, que representam o estado da arte do conhecimento em geologia e recursos minerais na área. De acordo com o pesquisador do SGB-CPRM Jorge Henrique Laux, "as publicações representam uma etapa importante para o desenvolvimento do setor mineral da região e vão originar mapas de detalhe e prospectivos pelas empresas do setor mineral interessadas". Trata-se de uma região produtora de calcário para uso na agricultura e na produção de cimento, além de bens minerais para produção civil, como areia, brita, cascalho, e rocha ornamental. No entanto, neste projeto foi avaliada a potencialidade para mineralizações de estanho, tungstênio e chumbo.

Projeto Sudeste do Rio Grande do Sul
Com uma área mapeada de 14.320 km², localizada no Sudeste do Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai, engloba total ou parcialmente os municípios de Arroio do Padre, Arroio Grande, Candiota, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Jaguarão, Herval, Morro Redondo, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Rio Grande, São Lourenço do Sul, Santa Vitória do Palmar e Turuçu. Embora a região possua pouca tradição em produção mineral, sendo areia, brita e calcário os principais bens, foi escolhida devido à identificação da existência na área de um novo domínio geotectônico, o Terreno Jaguarão. "Este novo domínio identificado motivou o desenvolvimento do estudo no âmbito do Projeto Sudeste do Rio Grande do Sul", destacou o pesquisador do SGB-CPRM Rodrigo Fabiano Cruz.

Porção Sul do Cinturão Dom Feliciano representado pelos domínios Batólito Pelotas e Terreno Jaguarão e a Planície Costeira do Rio Grande do Sul

"O indicativo de um limite de domínios geológicos na área aponta uma possível nova fronteira mineral no Brasil. O trabalho apresentou indícios e pequenas ocorrências de ouro, cobre e tungstênio. Além de grande potencial de rocha ornamental nos granitoides da região", relatou. O estudo aponta que os municípios de Pelotas e Morro Redondo são os que apresentam maior potencialidade para ouro e cobre. Para brita e rocha ornamental, se destacam as potencialidades dos municípios de Pelotas, Capão do Leão, Morro Redondo, Pinheiro Machado, Piratini, Herval e Arroio Grande. Para ilmenita e titanita se destaca a região litorânea e lagoas, que abrangem partes dos municípios de Pelotas, Rio Grande, Arroio Grande e Santa Vitória do Palmar.

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